Mães - Entre o Cafuné e a Cruz
- Antonio Jorge Béze
- 11 de mai.
- 4 min de leitura
Uma palavra para honrar, curar e recomeçar.
Como é bom…
Como é bom se você teve — ou foi — aquela mãe que brinca.
A que sentou no chão, fez castelo de areia, montou casinha de lençol e virou professora de boneca.
Como é bom se você teve — ou foi — a mãe que amamentou no peito e na alma, que ficou com febre quando o filho adoeceu, que velou sono de criança e fez oração de madrugada.
Como é bom se você teve — ou foi — a mãe que sorri mesmo com o coração cansado, que passa a mão nos cabelos e faz o famoso cafuné do céu, que é carinho com som de bênção.
Como é bom se você teve — ou foi — a mãe leoa, que enfrenta tudo por amor, que se levanta contra a dor, que vira escudo, muro e fortaleza por um filho.
Como é bom se você teve essa mulher na sua vida. Como é bom se você foi essa mulher na vida de alguém.
A Bíblia diz:
“Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu os consolarei.”
(Isaías 66:13)
Deus não escolheu outra figura…
Ele escolheu a mãe como símbolo da ternura que cura, da presença que consola.
Mas… como é bom também se você teve a mãe da sandália havaiana.
Aquela que disciplinava com a vara curta e o amor comprido.
A mãe que te obrigou a comer giló, porque dizia que o amargo também fortalece — e não era só sobre o alimento, era sobre a vida.
Como é bom se você teve a mãe que dizia “não”, que bateu a porta pra você não sair, mas manteve o coração aberto pra você voltar.
A mãe que gritou, sim… mas era porque te amava e estava desesperada tentando acertar num mundo que nem sempre ensinou como fazer.
Como é bom se você teve uma mãe que te salvou dizendo “não”.
Porque a Bíblia diz:
“Aquele que ama o seu filho, desde cedo o disciplina.” (Provérbios 13:24)
E mesmo que pareça duro, o amor se prova também na firmeza, na correção, na presença insistente.
Hoje, eu agradeço a Deus por essas mães.
As que acolhem, as que ensinam, as que corrigem, as que se doam…
Obrigado, Senhor, por cada mulher que honrou a maternidade como missão dada por Ti!
Mas agora…
Eu quero falar com você.
Você que carrega culpa no peito.
Você que talvez não foi essa mãe ideal.
Ou você que não conseguiu ser o filho ou filha que desejava ser.
Você que se afastou, que errou, que deixou passar oportunidades.
Você que não disse “eu te amo” a tempo, que se desentendeu, que se magoou, que se calou.
Deixa eu te dizer uma coisa, com toda verdade e com todo amor:
Esse passado não pode ser uma prisão — ele tem que virar escola.
Essa culpa não pode ser uma sentença — ela tem que se tornar um recomeço.
Não aceite a condenação do inimigo. Não aceite a voz que diz que é tarde demais.
A Palavra diz:
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”
(Romanos 8:1)
Pastor, mas meu filho morreu antes de eu dizer que o amava…
Minha mãe partiu sem que a gente se acertasse…
A gente se bicava, nunca se entendeu…
Escute: nada, absolutamente nada, é maior do que a graça de Deus.
Nem a morte, nem o tempo, nem a culpa.
Levanta! Ainda existe propósito na tua vida!
Esse amor que ficou travado dentro de você, precisa frutificar em outros.
Você pode ser a mãe que alguém nunca teve.
Você pode ser o filho que alguém sempre sonhou.
Você pode restaurar o que parece impossível.
Você pode fazer diferente. Você pode fazer melhor.
A cruz de Cristo levou toda maldição…
Inclusive a de uma maternidade frustrada ou de uma relação quebrada.
A Palavra diz:
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17)
Hoje é dia de cura.
Hoje é dia de recomeço.
Hoje é dia de honrar, mas também de sarar.
De agradecer, mas também de perdoar.
A culpa caiu na cruz.
O recomeço nasce agora.
E o amor de Deus — ah, esse nunca foi condicionado à sua performance…
Ele só espera o seu retorno.
ORAÇÃO FINAL
Senhor,
Hoje te agradecemos pelas mães que foram consolo, força e ternura.
Pelas mães presentes, firmes, amorosas, protetoras.
Te agradecemos pelas mães que erraram tentando acertar.
E também pelas que acertaram apesar de tudo.
Te pedimos hoje: cura os corações marcados por culpas.
Sara as relações quebradas, os filhos distantes, os silêncios pesados.
Traz reconciliação onde houve rompimento.
Traz leveza onde só havia dor.
E levanta hoje, Pai, uma nova geração de mães que amam, de filhos que perdoam,
de famílias que se restauram em Ti.
Abençoa cada mãe aqui representada.
Acolhe cada filho que sente falta, que carrega peso, que quer voltar.
E que hoje, Senhor, seja o início de uma nova história.
Em nome de Jesus Cristo, amém e amém.
VERSÍCULOS DE APOIO
Isaías 66:13 – “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu os consolarei.”
Provérbios 13:24 – “Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo.”
Romanos 8:1 – “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”
2 Coríntios 5:17 – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
1 Pedro 4:8 – “Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.”
Salmo 103:13 – “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem.”
João 19:26-27 – “Jesus, vendo sua mãe, disse: Mulher, eis aí teu filho… Eis aí tua mãe.”
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